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quinta-feira, 29 de julho de 2010

Entrevistas com professores

Água para a vida


1- A água é importante para a vida? De que forma?

R: Para que haja vida é necessário a existência de água. Os primeiros seres vivos da Terra surgiram na água e aos poucos foram conquistando o ambiente terrestre. O ambiente aquático é o habitat de muitas espécies, outras dependem da água para se reproduzir e outras passam uma parte de sua vida na água. Além disso, a água água está presente na estrutura dos seres vivos. Nas plantas, por exemplo, a água é fundamental para a absorção e a condução dos nutrientes do solo; participa, ainda, de processos vitais como a circulação, a excreção e digestão, alem de manter a temperatura do corpo constante. Portanto, a falta de água pode ser fatal para os seres vivos.

2- É possível haver vida sem água? E no futuro com os avanços tecnológicos e biológicos?

R: Não é possível haver vida sem água, mesmo com os avanços tecnológicos e biológicos, uma vez que a água participa de processos vitais.
Repórter: Gabriela maria cabral Nascimento
Entrevistada: Profª Sônia Regina Hara dos Santos

Entrevistas com professores

Água desde o início do mundo

1- Ao longo do tempo foi havendo uma divisão dos continentes. Como se formaram as bacias hidrográficas, o aqüífero guarani e a geleiras

R: A divisão do planeta Terra em continentes é resultado de um processo no qual as placas tectônicas ao longo de milhões de anos se movimentaram até chegar à configuração atual. Este processo conhecido como Teoria da Tectônica Global consiste na expansão dos fundos ocêanicos, ou seja, as placas tectônicas se afastam ou colidem nas áreas de contato. Por exemplo, as placas que separam o continente sul-americano do africano estão em processo de afastamento, aumentando (ainda que de forma imperceptível) a cada ano a distância entre estes dois continentes. Por outro lado, no lado ocidental da América do Sul, na região que conhecemos como Cordilheira dos Andes, está um exemplo de contato de;; placas tectônicas, explicando o soerguimento do relevo e as elevadas altitudes daquela área.
A partir disso, temos a formação das bacias hidrográficas, também conhecidas como bacias de drenagem, no qual se refere a uma área delimitada por divisores de água. As bacias hidrográficas se formaram através do curso natural que a água captada em seu ciclo percorria de um ponto mais alto para um ponto mais baixo do relevo, caminho natural da água com destino ao oceano, um lago ou mesmo outro rio. Desta forma, as bacias hidrográficas foram modelando o relevo e o caminho a ser percorrido, além de formar uma rede de cursos d’águas que se conectam (afluentes ou tributários), caracterizando de fato uma bacia hidrográfica.
O aquífero Guarani, assim como qualquer reservatório de água subterrânea, foi formado devido à permeabilidade de certas rochas, capazes de armazenarem em seus poros (espaços vazios) ou fraturas água proveniente do ciclo natural que ela realiza. O aquífero Guarani é um dos maiores do mundo, cobrindo uma superfície que ultrapassa os limites territoriais do Brasil, juntamente com Argentina, Uruguai e Paraguai.
Geleiras são massas continentais de gelo de limites definidos, que se movimentam pela ação da gravidade. Originam-se pela acumulação da neve e sua compactação por pressão transformando-se em gelo. O clima global é definido a partir da influência de vários aspectos, sendo a latitude o principal deles. Na medida em que se afasta do Equador, aumenta-se a latitude e a temperatura vai decrescendo, tornando o ambiente mais frio. Sendo assim, as regiões mais afastadas do Equador, de latitudes mais altas, são conhecidas como regiões de clima glacial, ou seja, os polos da Terra. Como os raios solares que incidem sobre os polos chegam (quando chegam) com pouco calor, essas massas de gelo mantêm-se agregadas, sendo um importante aliado na manutenção de um clima agradável no restante do planeta.

2- A água existe desde o começo do mundo. O ciclo da água antigamente era diferente do que ele é hoje. Como a globalização afetou esse ciclo? Como ele é agora?

R: O ciclo da água é a contínua circulação da água sobre o nosso planeta. A primeira etapa deste ciclo é a evaporação da água devido à radiação solar, que emite calor ao planeta, fazendo com que parte das águas dos oceanos, rios e lagos sejam evaporadas e retornadas à atmosfera. Parte da água presente no solo também é evaporada. Há ainda, concomitante com a evaporação, a transpiração das plantas e dos animais. Estas duas etapas anteriores é a passagem da água no estado líquido para o gasoso. Existe também nas regiões montanhosas, a sublimação, onde a água no estado sólido (gelo/neve) faz a passagem direta para o estado gasoso, contribuindo para o acúmulo de água na atmosfera. Na forma de vapor, a água é transportada pelas massas de ar para partes mais altas da atmosfera, onde se transformam em nuvens devido sua condensação. Quando a nuvem carregada de pequenas gotículas de água fica saturada, inicia sua precipitação, ou seja, formam gotas maiores e com ajuda da gravidade caem sobre a superfície terrestre na forma de chuva, neve ou granizo. A última etapa do ciclo da água é o escoamento, onde a água precipitada possui vários destinos. Uma parte cai diretamente nos reservatórios de água superficial (rios, lagos e oceanos). Outra parte cai no solo, percorrendo diferentes caminhos: o 1º caminho é o que escoa na superfície, alimentando os recursos hídricos superficiais; o 2º caminho é a infiltração no solo e rochas, por meio de seus poros e fissuras, alimentando os recursos hídricos subterrâneos, conhecidos como lençóis freáticos.
Esse mecanismo do ciclo da água não se alterou. O que mudou foi a ocupação do Homem na superfície terrestre, afetando em partes o ciclo natural das águas. Para um breve entendimento sobre a globalização, assim como o ciclo hidrológico, é um processo no qual o mundo aprofunda cada vez mais sua integração, seja econômica, social, cultural ou política. Desta forma, os espaços são “encurtados”, uma vez que os avanços tecnológicos nos meios de transportes e comunicação aumentam a velocidade do fluxo e circulação de pessoas, mercadorias, informações, entre outros. O modelo econômico capitalista, predominante sobre todo o globo terrestre na atualidade, teve uma forte influência sobre esses avanços.
Sendo assim, a globalização impõe, de certa forma, o desenvolvimento dos países dentro do sistema econômico capitalista, priorizando o desenvolvimento urbano sobre o rural. Com isso, grande parcela da população mundial passa a migrar para os centros urbanos, aumentando a concentração desta população nas áreas urbanas.
O espaço natural onde o ciclo da água era realizado normalmente sofre com as transformações que o Homem realiza. Para assentar as pessoas na cidade, a sociedade modifica a natureza e se apropria dela, retirando grande parte (quase a totalidade) da vegetação de determinada área, impermeabiliza seu solo, concentrando um enorme contingente dentro de um espaço relativamente pequeno. Assim, todas as partes do ciclo são alteradas: a vegetação e animais deixam de transpirar naquele espaço; os recursos hídricos são, em sua maioria, prejudicados com a poluição, afetando na evaporação; o escoamento da água após a precipitação passa a ser um problema para a população, uma vez que grande parte dos rios e córregos situam-se muito próximos às residências ou simplesmente deixam de existir após sua canalização para construção de vias de acesso, configurando nas enchentes; a infiltração praticamente deixa existir, pois não existe mais caminho para a penetração da água no solo e rochas, afetando o reabastecimento do lençol freático.
Portanto, a globalização afetou o ciclo hidrológico, principalmente em áreas urbanas, onde a paisagem natural foi bastante alterada, e não foi devidamente planejada para minimizar os impactos que tal transformação acarreta para o ciclo da água. Como a tendência do mundo atualmente é ser cada vez mais globalizado, mais urbano, é necessário pensar sobre as formas de ocupação do espaço e, principalmente, planejar o espaço ocupado, minimizando os impactos que nós, enquanto sociedade, causamos ao ciclo da água.


Repórter: Gabriela Maria cabral Nascimento

Entrevistado: Profº Rene Gonçalves Serafim Silva
Depois das férias tiradas por mim e pelo blog...rsrs... começarei postando as entrevistas que foram realizadas com os professores. Mais pra frente terá também os videos com as entrevistas, e o programa montado.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Animais em extinção

Animais em extinção devido à poluição da água

Não é só as pessoas que sofrem com a poluição da água, os animais também sofrem com isso, principalmente os animais marinhos, que a maioria retira o oxigênio para sua respiração da água.
Quando a água está poluída, os animais não têm oxigênio suficiente para respirar e morrem. Muitos desses animais marinhos acabam até ficando em extinção.
Alguns exemplos de animais marinhos são: Tartaruga Marinha, Baleia Azul, Baleia Branca, Cavalo Marinho, Estrela do Mar, etc.

Poluição da água e suas doenças

Poluição da água

A água nunca é pura na Natureza, pois nela estão dissolvidos gases, sais sólidos e íons. Contudo a água é componente vital no sistema de sustentação da vida na Terra e por isso deve ser preservada, mas nem sempre isso acontece. A sua poluição impede a sobrevivência dos seres que nela habitam causando também graves conseqüências aos seres humanos.
A poluição da água indica que um ou mais de seus usos foram prejudicados, podendo atingir o homem de forma direta, pois ela é usada por este para ser bebida, para tomar banho, para lavar roupas e utensílios e, principalmente, para sua alimentação e dos animais domésticos. Além disso, abastece nossas cidades, sendo também utilizada nas indústrias e na irrigação de plantações. Por isso, a água deve ter aspecto limpo, pureza de gosto e estar isenta de microorganismos patogênicos, o que é conseguido através do seu tratamento, desde a retirada dos rios até a chegada nas residências urbanas ou rurais. A água de um rio é considerada de boa qualidade quando apresenta menos de mil coliformes fecais e menos de dez microorganismos patogênicos por litro (como aqueles causadores de verminoses, cólera, esquistossomose, febre tifóide, hepatite, leptospirose, poliomielite etc.). Portanto, para a água se manter nessas condições, deve-se evitar sua contaminação por resíduos, sejam eles agrícolas (de natureza química ou orgânica), esgotos, resíduos industriais, lixo ou sedimentos vindos da erosão.
Sobre a contaminação agrícola temos, no primeiro caso, os resíduos do uso de agrotóxicos (comum na agropecuária), que provêm de uma prática muitas vezes desnecessária ou intensiva nos campos, enviando grandes quantidades de substâncias tóxicas para os rios através das chuvas, o mesmo ocorrendo com a eliminação do esterco de animais criados em pastagens. No segundo caso, há o uso de adubos, muitas vezes exagerado, que acabam por ser carregados pelas chuvas aos rios locais, acarretando o aumento de nutrientes nestes pontos; isso propicia a ocorrência de uma explosão de bactérias decompositoras que consomem oxigênio, contribuindo ainda para diminuir a concentração do mesmo na água, produzindo sulfeto de hidrogênio, um gás de cheiro muito forte que, em grandes quantidades, é tóxico. Isso também afetaria as formas superiores de vida animal e vegetal, que utilizam o oxigênio na respiração, além das bactérias aeróbicas, que seriam impedidas de decompor a matéria orgânica sem deixar odores nocivos através do consumo de oxigênio.
Os resíduos gerados pelas indústrias, cidades e atividades agrícolas são sólidos ou líquidos, tendo um potencial de poluição muito grande. Os resíduos gerados pelas cidades, como lixo, entulhos e produtos tóxicos são carreados para os rios com a ajuda das chuvas. Os resíduos líquidos carregam poluentes orgânicos (que são mais fáceis de ser controlados do que os inorgânicos, quando em pequena quantidade). As indústrias produzem grande quantidade de resíduos em seus processos, sendo uma parte retida pelas instalações de tratamento da própria indústria, que retêm tanto resíduos sólidos quanto líquidos, e a outra parte despejada no ambiente. No processo de tratamento dos resíduos também é produzido outro resíduo chamado "chorume", líquido que precisa novamente de tratamento e controle. As cidades podem ser ainda poluídas pelas enxurradas, pelo lixo e pelo esgoto.
Enfim, a poluição das águas pode aparecer de vários modos, incluindo a poluição térmica, que é a descarga de efluentes a altas temperaturas, poluição física, que é a descarga de material em suspensão, poluição biológica, que é a descarga de bactérias patogênicas e vírus, e poluição química, que pode ocorrer por deficiência de oxigênio, toxidez e eutrofização.
A eutrofização é causada por processos de erosão e decomposição que fazem aumentar o conteúdo de nutrientes, aumentando a produtividade biológica, permitindo periódicas proliferações de algas, que tornam a água turva e com isso podem causar deficiência de oxigênio pelo seu apodrecimento, aumentando sua toxidez para os organismos que nela vivem (como os peixes, que aparecem mortos junto a espumas tóxicas).
A poluição de águas nos países ricos é resultado da maneira como a sociedade consumista está organizada para produzir e desfrutar de sua riqueza, progresso material e bem-estar. Já nos países pobres, a poluição é resultado da pobreza e da ausência de educação de seus habitantes, que, assim, não têm base para exigir os seus direitos de cidadãos, o que só tende a prejudicá-los, pois esta omissão na reivindicação de seus direitos leva à impunidade às indústrias, que poluem cada vez mais, e aos governantes, que também se aproveitam da ausência da educação do povo e, em geral, fecham os olhos para a questão, como se tal poluição não atingisse também a eles. A Educação Ambiental vem justamente resgatar a cidadania para que o povo tome consciência da necessidade da preservação do meio ambiente, que influi diretamente na manutenção da sua qualidade de vida.
Dentro desse contexto, uma grande parcela da contenção da "saúde das águas" cabe a nós, brasileiros, pois se a Terra parece o Planeta Água, o Brasil poderia ser considerado sua capital, já que é dotado de uma extensa rede de rios, e privilegiado por um clima excepcional, que assegura chuvas abundantes e regulares em quase todo seu território.
O Brasil dispõe de 15% de toda a água doce existente no mundo, ou seja, dos 113 trilhões de m3 disponíveis para a vida terrestre, 17 trilhões foram reservados ao nosso país. No processo de reciclagem, quase a totalidade dessa água é recolhida pelas nove grandes Bacias Hidrográficas aqui existentes. Como a água é necessária para dar continuidade ao crescimento econômico, as Bacias Hidrográficas passam a ser áreas geográficas de preocupação de todos os agentes e interesses públicos e privados, pois elas passam por várias cidades, propriedades agrícolas e indústrias. No entanto, a presença de alguns produtos químicos industriais e agrícolas (agrotóxicos) podem impedir a purificação natural da água (reciclagem) e, nesse caso, só a construção de sofisticados sistemas de tratamento permitiriam a retenção de compostos químicos nocivos à saúde humana, aos peixes e à vegetação.
Quanto melhor é a água de um rio, ou seja, quanto mais esforços forem feitos no sentido de que ela seja preservada (tendo como instrumento principal de conscientização da população a Educação Ambiental), melhor e mais barato será o tratamento desta e, com isso, a população só terá a ganhar. Mas parece que a preocupação dos técnicos em geral é sofisticar cada vez mais os tratamentos de água, ao invés de se aterem mais à preservação dos mananciais, de onde é retirada água pura. Portanto, a meta imediata é preservar os poucos mananciais intactos que ainda restam para que o homem possa dispor de um reservatório de água potável para que possa sobreviver nos próximos milênios.


Doenças causadas pela poluição da água

A principal causa da contaminação da água em nossa região ocorre através da falta de saneamento básica e agrotóxica, usada em irrigações, contaminando principalmente os lençóis freáticos, causando graves danos ao meio ambiente e conseqüentemente a nós humanos.
As crianças mantendo contato direto com água poluída são as maiores vítimas.
Doenças transmitidas diretamente através da água são:
Amebíase ou desistiria amebiana, ascaridíase ou lombriga, ancilostomose, cólera, desistiria bacilar, esquistossomose, febre amarela, febre paratifóide, febre tifóide, hepatite A, malária, peste bubônica, poliomielite, salmonelose, teníase ou solitária.

Água no corpo humano

Água no corpo humano

No corpo humano a água é o principal constituinte, existe entre 70% a 75%, devendo-se ao fato de ser um componente essencial no funcionamento do organismo, necessário para muitas das suas funções vitais.
Basicamente no corpo humano ela se divide em:
Cérebro: 85%
Rins: 81%
Pulmões: 80%
Músculos: 73%
Ossos: 22%
Pele: 10%

A quantidade de água no corpo humano depende de vários fatores que estabelecem ao longo da vida, entre eles, a idade, o sexo, a massa muscular, o tecido adiposo, o crescimento, o aumento ou perda de peso, ou até mesmo durante a gravidez.
O volume total da água que entra e sai por dia do nosso organismo é de 1500 a 3000 ml. Aproximadamente 47%, considerada a maior parte da água existente no corpo humano, adverte de bebidas inseridas no dia-a-dia, como sucos, cerveja, água mineral ou mesmo simplesmente água fresca. Cerca de 14% da água é absorvida pelo corpo humano através da respiração celular. A restante da água chega-nos através dos alimentos ingeridos, sendo os vegetais os que nos proporciona maior quantidade, pois possuem na sua constituição uma grande porcentagem de água, e também da produção de água do metabolismo celular.
Cerca de 20% da água que sai do corpo humano pela transpiração e 15% pela respiração, no entanto, é pela urina que é excretado a maioria da água excretada sob a forma de urina.
O conteúdo de água no organismo é regulado de forma a permanecer constante, o volume de água absorvido é o mesmo de água perdido a cada dia. Existem também fatores associados ao desequilíbrio hídrico.
A desidratação está relacionada com a diminuição da água. Quando os indivíduos se encontram desidratados apresentam uma diminuição do volume de sangue, levando o coração a aumentar o ritmo dos seus batimentos, a chamada taquicardia. A pele torna-se áspera, com aspecto enrugado e pouco viçoso. Isso pode levar ao mau funcionamento dos músculos causando sensação de fraqueza. Os rins também podem sofrer lesões em termos do seu funcionamento, o volume urinário pode diminuir, e muito. Se a desidratação chegar o cérebro, a pessoa pode entrar em coma ou até mesmo morrer.
A hidratação está relacionada com o aumento do volume de água no corpo humano e pode ter um efeito semelhante ao do álcool no sentido em que o excesso de água pode levar a alterações de consciência.

Água no Brasil

Água no Brasil

O Brasil é um país privilegiado no que diz respeito à quantidade de água. Tem a maior reserva de água doce da Terra, ou seja, 12% do total mundial. Sua distribuição, porém, não é uniforme em todo o território nacional. A Amazônia, por exemplo, é uma região que detém a maior bacia fluvial do mundo. O volume d'água do rio Amazonas é o maior do globo, sendo considerado um rio essencial para o planeta. Ao mesmo tempo, é também uma das regiões menos habitadas do Brasil.
Em contrapartida, as maiores concentrações populacionais do país encontram-se nas capitais, distantes dos grandes rios brasileiros, como o Amazonas, o São Francisco e o Paraná. O maior problema de escassez ainda é no Nordeste, onde a falta d'água por longos períodos tem contribuído para o abandono das terras e para a migração aos centros urbanos como São Paulo e Rio de Janeiro, agravando ainda mais o problema da escassez de água nestas cidades.
Além disso, os rios e lagos brasileiros vêm sendo comprometidos pela queda de qualidade da água disponível para captação e tratamento. Na região amazônica e no Pantanal, por exemplo, rios como o Madeira, o Cuiabá e o Paraguai já apresentam contaminação pelo mercúrio, metal utilizado no garimpo clandestino, e pelo uso de agrotóxicos nos campos de lavoura. Nas grandes cidades, esse comprometimento da qualidade é causado por despejos de esgotos domésticos e industriais, além do uso dos rios como convenientes transportadores de lixo.